quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Poesia de Margarete Solange Moaraes: Lázaro




Lázaro


Lázaro, onde estás agora,
Dormes sendo dia?
E teus amigos choram.
Tuas irmãs Marta e Maria
Avisam ao Mestre para vir te ver,
Mas Ele tardou, por quê?
Agora não adianta mais...
O moço jaz numa tumba fria,
Nada mais pode ser feito,
Não tem jeito.
Há somente uma esperança:
Ressuscitar no último dia.
De repente uma visita se anuncia.
O amigo tardou, mas veio...
Ele não esquece os seus.
Maria, o Mestre te chama.
Marta, o Mestre te ama.
Vem, senta-te aos seus pés...
Triste dia em Betânia,
Aldeia de Marta e de Maria,
Jesus chorou por aqueles
Que não tinham fé.
- O morto já cheira mal...
Para o Mestre não importa
Quanto tempo faz,
Quando Ele chega ao que crer,
Tudo pode acontecer.
Não tardes quando o
Mestre te chamar:
Lázaro, vem para fora.
Lázaro, vem sem demora.
Lázaro, o Mestre te chama!
- Tirai a tira...
Não duvides, vem!





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