Piedade com contentamento (comentário de Filipenses)
Oração apostólica (Fp 1:1-11)
Como a carta foi feita em dupla com Timóteo, pode ser que as súplicas seguintes fossem também em concordância: 1) Agradeceram por se recordarem de seus irmãos, para orar por eles alegremente, pela cooperação fiel de cada um no evangelho (v.3-5); 2) Oraram pelo aumento gradual do amor deles, em pleno conhecimento e em toda percepção (v.9) - que pedido ímpar: o reino de Deus vindo, a vontade do Senhor sendo feita, tanto na terra como no céu!; 3) Isso para que eles aprovassem as coisas excelentes e fossem sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo (v.10) - quem dera que as nossas intercessões pelo povo de Deus fossem tão repletas de sabedoria e profundidade e benignidade; não foram pedidas coisas materiais, ainda que pudessem vir juntas das bênçãos maiores; foi visualizado um fim proveitoso e glorioso para todos que estão em Cristo; 4) Não foram desejadas dádivas passageiras nem exteriores aos amados, mas coisas permanentes, eternas e santas, que Deus tem um maior prazer em realizar ao nosso favor (v.11); assim, já receberam o que pediram antes mesmo do amém.
Ainda se nota o nível de relacionamento que mantinham mutuamente: v.7 - estavam literalmente no peito, mais inseparáveis do que algemas nas mãos dos presos; e, v.8 - tinham uma lembrança terna deles, indivisível pela distância e inesquecível pelo tempo. Muito inspirador é o amor de Deus por cada um de seus filhos
Melhor para Deus, melhor para mim (Fp 1:12-30)
A perseguição, aprisionamento, tortura e ódio contra o cristianismo só lhe servem como trampolim, plataforma de divulgação do evangelho e encorajamento mútuo na irmandade. A glória de Deus faz com que tudo aconteça segundo o predeterminado conselho de sua vontade. É uma graça padecer por Cristo, não uma vergonha (v.29). Ele prometeu que não nos deixaria nem nos desampararia - confiemos, pois, nele.
Diante da morte, podemos desejar rapidamente o livramento, seja pela partida e consequente ressurreição, seja pela condução a um lugar seguro, onde a sobrevivência redundará em alegria, ações de graças e progresso da fé dos irmãos. Não queiramos sair deste mundo antes de cumprida a nossa missão, nem tampouco ficar para aproveitar qualquer regalia aqui. Mas portemo-nos como cidadãos dos céus durante o tempo que resta da nossa peregrinação, estando firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica (v.27).
Homens como esse (Fp 2)
Somos membros de um só corpo, cuja cabeça é Cristo. Assim, não devemos nos odiar nem guerrear uns contra os outros. Sejamos unidos de alma, de pensamento, de afeto, considerando-nos una aos outros, tendo em vista o bem do outro, assim como Cristo o fez por nós (sendo um com o Pai). A humildade tem grande recompensa: Jesus se fez servo de todos, a fim de resgatar a muitos (Mt 20:28; Mc 10:45); dando a sua vida por nós, anunciou que quem por ele entrega a sua, terá a verdadeira vida nele (Lc 9:24); a honra vem sempre após a humildade, como atrás da soberba segue a ruína (Pv 29:23).
A salvação é um processo em desenvolvimento (já foi, é e será): precisamos preservar a palavra da vida (v.16), fazer tudo sem murmuração, contenda, partidarismo ou vanglória (v.14,3), além de obedecer a Deus com temor e tremor (v.12, cf. Sl 2:11).
Timóteo era um exemplo de quem buscava o interesse dos filipenses (v.20), tendo o caráter provado de obreiro aprovado (v.22 e II Tm 2:15). Também foi digno de recomendação paulina o cooperador e companheiro de lutas Epafrodito (v.25), que quase morreu de doença e por causa da obra de Cristo, procurando socorrer os ministros de Deus (v.25-30). Honremos, pois, os exemplos dos fiéis em nossos dias!
De acordo com o que já alcançamos (Fp 3)
Alegrem-se! Amem-se! Perdoem-se! São ecos que ainda ouviremos um tantão de vezes.
Cuidado com os falsos profetas, falsos irmãos, falsos apóstolos, porque eles servem ao seu próprio estômago (v.19) e não têm nenhum cuidado das ovelhas (Os 4:6-8; Jo 10:12-13).
Tudo o que fomos e conquistamos antes de conhecer a Cristo não deve ter o mesmo valor hoje, e nem maior, visto que ele é o nosso tesouro, por quem deixamos todas as demais coisas (Mt 19:27-29; Mc 10:28-30). Nossa vida está oculta com Cristo em Deus (Cl 3:3) e devemos confiar na sua justiça, aguardando a nossa ressurreição, redenção e glorificação. Assim somos visto como perfeitos diante dele: quando amamos, guardando a sua Palavra em nosso coração e prosseguimos para o alvo (I Jo 2:5; Fp 3:12-15), para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Adoramos a Deus no Espírito (sendo verdadeiros adoradores), e nos gloriamos em Cristo Jesus (sem ele nada podemos fazer), e não confiamos na carne (porque para nada ela aproveita) (Fp 3:3; Jo 4:24; 15:5; 6:63).
Fp 4:1-9 (Querer e efetuar)
A coroa do cristão, a sua glória, consiste naqueles a quem ama (cada pedrinha preciosa que Jesus comprou para si e nos deu por companhia) [1]. A esses, queremos que estejam conciliados entre si e com Deus [2], sempre ajudando e sendo ajudados, como em tudo são favorecidos pelo Senhor [3]. Não há motivos para tristeza, com tantas promessas e uma fonte de águas vivas dentro de nós [4]: todos têm que ver Jesus vivo em nós, em palavras e em obras, pelo amor com que nos amou [5].
Ao falar com o Pai sobre tudo o que está em nosso coração, todo nosso cuidado e ansiedade, sempre lembrados de todos os seus benefícios [6], recebemos a paz que o mundo não pode dar, porque não conhece o Deus que a dá, para guardar-nos para Si até aquele dia, no qual estaremos com Ele para sempre [7].
Nossos pensamentos e segredos também são conhecidos por Deus (inclusive as palavras que ainda não pronunciamos). Por isso, devemos filtrar todo pensamento mau e deixar apenas permanecer aqueles que vêm de Deus: verdade, retidão, justiça, pureza, amor, virtude, louvor, nobreza, respeito e boa fama [8]. O testemunho de um digno servo de Deus consiste de: ensino, prática e aprovação diante de Deus e dos homens [9].
Referências: [4] João 7:38; [6] I Pe 5:7; Sl 103:2; Sl 37:4; [8] Jr 29:11; Cl 3:2.
Piedade com contentamento (Fp 4:10 em diante)
Paulo foi um cristão perseguido que recebeu o auxílio voluntário e fiel de muitas igrejas. Ele não reclamava de sua sorte nesta vida, como servo do Senhor, porque o Senhor o havia treinado e preparado o seu coração para os dias de escassez (ler Eclesiastes 1:8 e 7:14). Seu poder vinha do Senhor, para suportar as fraquezas e não se exaltar por suas vitórias. Houve ali em Filipos, um povo sensível às necessidades do apóstolo-missionário e que ofereceu-lhe donativos como sacrifício aceito e aprazível a Deus - Fp 4:18; Deus este que, por sua vez, cuidava de cada necessidade de seu povo (v.19). Hoje, devemos lembrar-nos dos irmãos encarcerados e maltratados por sua fé (Hb 13:3), para enviar-lhes socorro da parte do Senhor, por meio de orações, mantimentos, cartas e, quem sabe, visitas. Há uma parte de irmãos nossos sofrendo injustamente, e nós não devemos ignorar os ardis do inimigo contra nós. Enfrentemos, pois, os adversários da nossa fé, procurando ajudar de forma até sacrificial aqueles conservos que precisam de nossa solidariedade e generosidade (Hb 13:16).
Como a carta foi feita em dupla com Timóteo, pode ser que as súplicas seguintes fossem também em concordância: 1) Agradeceram por se recordarem de seus irmãos, para orar por eles alegremente, pela cooperação fiel de cada um no evangelho (v.3-5); 2) Oraram pelo aumento gradual do amor deles, em pleno conhecimento e em toda percepção (v.9) - que pedido ímpar: o reino de Deus vindo, a vontade do Senhor sendo feita, tanto na terra como no céu!; 3) Isso para que eles aprovassem as coisas excelentes e fossem sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo (v.10) - quem dera que as nossas intercessões pelo povo de Deus fossem tão repletas de sabedoria e profundidade e benignidade; não foram pedidas coisas materiais, ainda que pudessem vir juntas das bênçãos maiores; foi visualizado um fim proveitoso e glorioso para todos que estão em Cristo; 4) Não foram desejadas dádivas passageiras nem exteriores aos amados, mas coisas permanentes, eternas e santas, que Deus tem um maior prazer em realizar ao nosso favor (v.11); assim, já receberam o que pediram antes mesmo do amém.
Ainda se nota o nível de relacionamento que mantinham mutuamente: v.7 - estavam literalmente no peito, mais inseparáveis do que algemas nas mãos dos presos; e, v.8 - tinham uma lembrança terna deles, indivisível pela distância e inesquecível pelo tempo. Muito inspirador é o amor de Deus por cada um de seus filhos
Melhor para Deus, melhor para mim (Fp 1:12-30)
A perseguição, aprisionamento, tortura e ódio contra o cristianismo só lhe servem como trampolim, plataforma de divulgação do evangelho e encorajamento mútuo na irmandade. A glória de Deus faz com que tudo aconteça segundo o predeterminado conselho de sua vontade. É uma graça padecer por Cristo, não uma vergonha (v.29). Ele prometeu que não nos deixaria nem nos desampararia - confiemos, pois, nele.
Diante da morte, podemos desejar rapidamente o livramento, seja pela partida e consequente ressurreição, seja pela condução a um lugar seguro, onde a sobrevivência redundará em alegria, ações de graças e progresso da fé dos irmãos. Não queiramos sair deste mundo antes de cumprida a nossa missão, nem tampouco ficar para aproveitar qualquer regalia aqui. Mas portemo-nos como cidadãos dos céus durante o tempo que resta da nossa peregrinação, estando firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica (v.27).
Homens como esse (Fp 2)
Somos membros de um só corpo, cuja cabeça é Cristo. Assim, não devemos nos odiar nem guerrear uns contra os outros. Sejamos unidos de alma, de pensamento, de afeto, considerando-nos una aos outros, tendo em vista o bem do outro, assim como Cristo o fez por nós (sendo um com o Pai). A humildade tem grande recompensa: Jesus se fez servo de todos, a fim de resgatar a muitos (Mt 20:28; Mc 10:45); dando a sua vida por nós, anunciou que quem por ele entrega a sua, terá a verdadeira vida nele (Lc 9:24); a honra vem sempre após a humildade, como atrás da soberba segue a ruína (Pv 29:23).
A salvação é um processo em desenvolvimento (já foi, é e será): precisamos preservar a palavra da vida (v.16), fazer tudo sem murmuração, contenda, partidarismo ou vanglória (v.14,3), além de obedecer a Deus com temor e tremor (v.12, cf. Sl 2:11).
Timóteo era um exemplo de quem buscava o interesse dos filipenses (v.20), tendo o caráter provado de obreiro aprovado (v.22 e II Tm 2:15). Também foi digno de recomendação paulina o cooperador e companheiro de lutas Epafrodito (v.25), que quase morreu de doença e por causa da obra de Cristo, procurando socorrer os ministros de Deus (v.25-30). Honremos, pois, os exemplos dos fiéis em nossos dias!
De acordo com o que já alcançamos (Fp 3)
Alegrem-se! Amem-se! Perdoem-se! São ecos que ainda ouviremos um tantão de vezes.
Cuidado com os falsos profetas, falsos irmãos, falsos apóstolos, porque eles servem ao seu próprio estômago (v.19) e não têm nenhum cuidado das ovelhas (Os 4:6-8; Jo 10:12-13).
Tudo o que fomos e conquistamos antes de conhecer a Cristo não deve ter o mesmo valor hoje, e nem maior, visto que ele é o nosso tesouro, por quem deixamos todas as demais coisas (Mt 19:27-29; Mc 10:28-30). Nossa vida está oculta com Cristo em Deus (Cl 3:3) e devemos confiar na sua justiça, aguardando a nossa ressurreição, redenção e glorificação. Assim somos visto como perfeitos diante dele: quando amamos, guardando a sua Palavra em nosso coração e prosseguimos para o alvo (I Jo 2:5; Fp 3:12-15), para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Adoramos a Deus no Espírito (sendo verdadeiros adoradores), e nos gloriamos em Cristo Jesus (sem ele nada podemos fazer), e não confiamos na carne (porque para nada ela aproveita) (Fp 3:3; Jo 4:24; 15:5; 6:63).
Fp 4:1-9 (Querer e efetuar)
A coroa do cristão, a sua glória, consiste naqueles a quem ama (cada pedrinha preciosa que Jesus comprou para si e nos deu por companhia) [1]. A esses, queremos que estejam conciliados entre si e com Deus [2], sempre ajudando e sendo ajudados, como em tudo são favorecidos pelo Senhor [3]. Não há motivos para tristeza, com tantas promessas e uma fonte de águas vivas dentro de nós [4]: todos têm que ver Jesus vivo em nós, em palavras e em obras, pelo amor com que nos amou [5].
Ao falar com o Pai sobre tudo o que está em nosso coração, todo nosso cuidado e ansiedade, sempre lembrados de todos os seus benefícios [6], recebemos a paz que o mundo não pode dar, porque não conhece o Deus que a dá, para guardar-nos para Si até aquele dia, no qual estaremos com Ele para sempre [7].
Nossos pensamentos e segredos também são conhecidos por Deus (inclusive as palavras que ainda não pronunciamos). Por isso, devemos filtrar todo pensamento mau e deixar apenas permanecer aqueles que vêm de Deus: verdade, retidão, justiça, pureza, amor, virtude, louvor, nobreza, respeito e boa fama [8]. O testemunho de um digno servo de Deus consiste de: ensino, prática e aprovação diante de Deus e dos homens [9].
Referências: [4] João 7:38; [6] I Pe 5:7; Sl 103:2; Sl 37:4; [8] Jr 29:11; Cl 3:2.
Piedade com contentamento (Fp 4:10 em diante)
Paulo foi um cristão perseguido que recebeu o auxílio voluntário e fiel de muitas igrejas. Ele não reclamava de sua sorte nesta vida, como servo do Senhor, porque o Senhor o havia treinado e preparado o seu coração para os dias de escassez (ler Eclesiastes 1:8 e 7:14). Seu poder vinha do Senhor, para suportar as fraquezas e não se exaltar por suas vitórias. Houve ali em Filipos, um povo sensível às necessidades do apóstolo-missionário e que ofereceu-lhe donativos como sacrifício aceito e aprazível a Deus - Fp 4:18; Deus este que, por sua vez, cuidava de cada necessidade de seu povo (v.19). Hoje, devemos lembrar-nos dos irmãos encarcerados e maltratados por sua fé (Hb 13:3), para enviar-lhes socorro da parte do Senhor, por meio de orações, mantimentos, cartas e, quem sabe, visitas. Há uma parte de irmãos nossos sofrendo injustamente, e nós não devemos ignorar os ardis do inimigo contra nós. Enfrentemos, pois, os adversários da nossa fé, procurando ajudar de forma até sacrificial aqueles conservos que precisam de nossa solidariedade e generosidade (Hb 13:16).
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